O Brasil em chamas: um problema que vai além das eleições.
- Tinna Fernandes
- 20 de set. de 2024
- 3 min de leitura

A crise das queimadas no Brasil se manifesta de forma aguda em diversas regiões. Em Juiz de Fora, por exemplo, o número de incêndios registrou um aumento alarmante de 82,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O incêndio que atingiu o Morro do Cristo, um dos principais atrativos turísticos da cidade, é um exemplo claro da gravidade da situação.
Além dos danos ambientais, esses eventos comprometem a qualidade do ar, afetam a saúde da população e geram prejuízos econômicos.
A combinação de fatores como a ação criminosa, as mudanças climáticas e a falta de chuvas intensifica a vulnerabilidade de áreas como o Cerrado e exige ações urgentes por parte das autoridades e da sociedade.
O fogo que consome nosso futuro
As queimadas no Brasil não são um fenômeno novo. Anualmente, milhares de hectares de vegetação nativa são destruídos pelo fogo, causando impactos devastadores para o meio ambiente, a economia e a saúde da população. Mas por que esse problema se agrava a cada ano?
Ação criminosa: Muitas queimadas são iniciadas de forma intencional para abrir novas áreas para a agricultura, a pecuária e o extrativismo ilegal. A falta de fiscalização e as punições brandas incentivam essa prática criminosa.
Mudanças climáticas: O aumento das temperaturas, a prolongada estiagem e a intensificação dos eventos climáticos extremos, como secas e ondas de calor, contribuem para a propagação do fogo e dificultam o combate aos incêndios.
Falta de chuvas: A ausência de chuvas em determinadas regiões agrava a situação, tornando a vegetação seca e mais suscetível ao fogo.
Quem paga a conta? A população mais vulnerável
As queimadas afetam a todos nós, mas são as populações mais vulneráveis que sofrem as maiores consequências. Pequenos agricultores, comunidades tradicionais e povos indígenas são os mais atingidos pela perda de seus meios de subsistência, pela contaminação da água e do ar e pelos problemas de saúde causados pela fumaça.
O que fazer para mudar essa realidade?
Para combater as queimadas e proteger o nosso meio ambiente, é preciso adotar medidas urgentes e eficazes:
Fiscalização e punição: Intensificar a fiscalização nas áreas de risco, aumentar as penas para os responsáveis por incêndios criminosos e fortalecer as instituições ambientais.
Prevenção: Investir em ações de prevenção, como a criação de brigadas de incêndio, a realização de queimadas controladas em áreas seguras e a educação ambiental da população.
Restauração: Promover a restauração das áreas degradadas e o reflorestamento, contribuindo para a recuperação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
Mudanças climáticas: Adotar medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como a redução das emissões de gases do efeito estufa e o desenvolvimento de tecnologias limpas.
Políticas públicas: Implementar políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis na agricultura, na pecuária e em outros setores da economia.
E nas eleições?
Em um ano de eleições municipais, é fundamental que a população exija dos candidatos propostas concretas para combater as queimadas e proteger o meio ambiente. É preciso eleger representantes comprometidos com a sustentabilidade e com o bem-estar da população.
O que cobrar dos políticos:
Planos de combate às queimadas: Exigir a apresentação de planos detalhados para prevenir e combater os incêndios florestais, com metas claras e indicadores de desempenho.
Investimento em fiscalização: Cobrar o aumento do número de fiscais ambientais e o fortalecimento das instituições responsáveis pela proteção do meio ambiente.
Apoio à agricultura familiar: Incentivar práticas agrícolas sustentáveis, como a agroecologia, e o fortalecimento da agricultura familiar.
Proteção das áreas protegidas: Defender a criação e a ampliação de unidades de conservação e o combate ao desmatamento ilegal.
Educação ambiental: Investir em programas de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente.
O futuro do nosso planeta está em nossas mãos. Ao exigir ações concretas dos nossos representantes e adotarmos práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia, podemos construir um futuro mais verde e justo para as próximas gerações.

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